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[Download] "Teologia Sistemática" by Marcus Vinicius Barbosa Pereira # Book PDF Kindle ePub Free

Teologia Sistemática

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eBook details

  • Title: Teologia Sistemática
  • Author : Marcus Vinicius Barbosa Pereira
  • Release Date : January 13, 2020
  • Genre: Religion & Spirituality,Books,
  • Pages : * pages
  • Size : 974 KB

Description

As Escrituras Não se pode fazer teologia senão com base nas Escrituras Sagradas. Essa é a posição da Igreja cristã a partir da Reforma Protestante. Lutero defendia a tese de Sola Escritura (a Bíblia é a única regra de fé e conduta para o cristão). Ao longo da história, a Igreja Católica Romana criou dogmas (crenças tidas como certas e absolutas), abandonando gradualmente a utilização das Escrituras Sagradas; isso a distanciou das verdades fundamentais ensinadas pelos apóstolos de Jesus. Qualquer assunto de ordem doutrinária que não leva em consideração a declaração bíblica deve ser tachado como herético, pois parte de fonte humana e ninguém tem autoridade para isso. As Escrituras (e somente elas) têm autoridade para fornecer as informações necessárias sobre os temas da doutrina cristã. A Razão Deus nos fez seres racionais, e esse é um dos aspectos que nos torna semelhantes a Ele (Gn 1.26). Então, é natural que o homem absorva o conhecimento das questões doutrinárias por meio da razão. Apesar disso, muitos buscam, na fé, algo que os faça sentir, mas não se mostram interessados em compreender. É verdade que a fé inclui também as emoções, mas não se estriba nelas. “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas” (Jr 17.9). Por outro lado, somos exortados a usar a razão para darmos explicação da nossa fé: “antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1 Pe 3.15). A mente humana está sempre ávida por compreender o sagrado e nunca está satisfeita com o que sabe, sempre quer mais. Essa sede por compreender é saudável à medida que coloca o homem no caminho do aprendizado; porém, torna-se perigosa quando entra pelo caminho da especulação. Por exemplo, o homem pode ter conhecimento dos atributos de Deus, mas não pode compreender Sua mente. Não temos capacidade para entender a relação entre a onisciência divina (pela qual Ele sabe sobre tragédias futuras) e a Sua bondade (por intermédio da qual poderia evitar tais tragédias). Um assunto não tira o lugar do outro. Deus não pode ser comparado ao homem que ou é uma coisa ou é outra – ou pode uma coisa ou pode somente outra. “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos” (Is 55.8,9). Desse modo, cabe ressaltar que a razão deve trabalhar no sentido de elaborar a doutrina a partir da revelação (as Escrituras Sagradas) em conjunto com a revelação natural, a tradição e a experiência, a fim de organizá-la, distinguindo cada assunto por sua ordem e importância. Há diferença entre conhecer e compreender. Conhecemos muitos fatos relativos a Deus. Concebemos o divino como algo grande, ilimitado, inigualável, acima de tudo e de todos, e fazemos isso por generalidade, ou seja, entendendo que, para ser Deus, Ele tem de ser alguém assim; mas, quando começamos a perscrutá-lo, a mente se sente desafiada a compreender como se dá esse processo, algo semelhante ao que acontece quando observamos a vida e assistimos à reprodução e ao crescimento dos seres e dos vegetais. Contudo, compete um grande desafio à razão: julgar a credibilidade de uma revelação. A razão julga e decide o que é possível e o que é impossível. Assim tem sido em relação às ciências; a razão exige comprovações. Um fato é científico depois de mostrar comprovações por meio de experimentos considerados suficientes. Do mesmo modo, a razão faz exigências quanto aos fatos relacionados à fé: o que pode ou não ser crido: “Somos, consequentemente, não só autorizados, mas obrigados a declarar anátema umapóstolo ou anjo celestial que porventura nos conclame a receber, como revelação de Deus, algo absurdo ou mau ou inconsistente com a natureza intelectual ou moral com a qual nos dotou”.2


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